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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Em redes, nas redes...



   Falamos sempre de escolas. No nosso viver pedagógico falamos De, PARA e COM escolas. São escolas diversas em cada canto, com seu jeito de ser, de fazer, de ensinar e aprender. Cada qual com seu jeito de compreender e assimilar o que o entorno lhe traz. Cada qual com seu jeito bem próprio de fazer parte dessa enorme rede de conhecimentos e produções em que estamos imersos.
   Cada qual em si, uma rede que reúne educadores, aprendizes, equipamentos, prédios, regimentos, pais e tantos outros elementos que condicionam o jeito de ser e de fazer de cada uma. A essas redes que contam com seres humanos misturados e conectados com aparatos tecnológicos, chamamos de redes sociotécnicas, assim seguindo as ideias de Pierre Lévi ( 2008 )
   Diante do novo surgem muitas perguntas em que não temos respostas definitivas, e nem temos a intenção, mas desejamos estimular a escola – essa rede de educadores, estudantes, pais, computadores – a debater as questões a construir coletivamente em cada uma e em parceria com outras, as suas respostas a outras perguntas. Perguntas que ajudam a criar caminhos próprios para ampliar as parecerias com as tecnologias digitais no trabalho. Falo de parcerias porque tecnologias não são apenas ferramentas que nos ajudam a fazer melhor o que já fazíamos antes. Cada nova tecnologia traz novos fazeres, novas produções, novas formas de pensar e agir. Fazemos o que não fazíamos antes de ter acesso a elas: nenhum ser humano é capaz de se comunicar instantaneamente com alguém do outro lado do mundo se não fizer uso de alguma tecnologia.
   Foi pensando nisso, nas novas formas de pensar, de fazer, de se comunicar que iniciou a concepção dessa apresentação. As tecnologias podem condicionar o pensar e o fazer, traz e impõe algumas condições, mas não determina o fazer. Não é a tecnologia, em si que faz uma nova escola, bem sabemos. A Tv não mudou a escola, o vídeo não mudou a escola, mas todos: a TV, o vídeo, computador, as redes como internet trazem novos condicionantes para a escola. As mudanças não decorrem do fato de termos tecnologia na escola, mas sim o que decidimos fazer com elas. Podemos estar em bibliotecas sem mesmo pisar em uma, podemos convidar nossos alunos a elaborar um vídeo ou uma peça com áudio. São muitas as possibilidades condicionadas as tecnologias digitais.
   Convidamos aos professores a pensar sobre como levar a escola a participar de forma ativa, sobre o que fazer para trazer para a escola a cultura digital, desenvolvendo práticas pedagógicas que o produzir caminhe junto com o reproduzir. Mais do que aparatos tecnológicos ( e mesmo o próprio computador) que por si não criam cultura, convidamos a criarmos junto com eles, uma nova escola que ajude a nós educadores, a também sermos aprendizes no espaço em que ensinamos.
   Esperamos que encontremos em nós mesmos parceiros em si, para fazer da escola o que ainda não sabemos bem o que é, mas que contribua de forma efetiva e eficaz para sermos mais autônomos e felizes em nosso trabalho.
   Este espaço é para produção e consequentemente, de aprendizagem.
Professora Rosana Rocha